Tecnologia permite rastrear algodão da fazenda às lojas
A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (ABRAPA) e o movimento Sou Algodão agora contam com o apoio das varejistas Reserva e Renner para implementar o uso da tecnologia blockchain na rastreabilidade de produtos têxteis, marcando o início do primeiro programa oficial de rastreamento no setor têxtil brasileiro.
Esse sistema permitirá o acompanhamento completo do produto, desde a produção agrícola até a venda nas lojas. Todos os produtores de algodão associados recebem o selo SouABR (Algodão Brasileiro Responsável), que certifica a conformidade com os padrões de sustentabilidade estabelecidos pela ABRAPA. Para obter a certificação, os produtores devem atender a 183 critérios baseados na NR31, que define normas de saúde e segurança no trabalho agrícola.
O objetivo deste projeto é oferecer ao consumidor a possibilidade de uma verdadeira "radiografia" de suas roupas. Com o selo de rastreabilidade, é possível acessar informações detalhadas sobre cada peça, incluindo a fazenda onde o algodão foi cultivado, os processos de fiação e tecelagem, e a empresa responsável pela confecção. Todas as peças rastreáveis contêm pelo menos 70% de algodão e possuem certificação socioambiental.
A rastreabilidade é garantida pelo uso de blockchain, que registra e torna acessíveis todas as etapas do processo produtivo. Cada peça de roupa chega ao ponto de venda com um QR Code na etiqueta, permitindo aos consumidores rastrear digitalmente o percurso do algodão e verificar a autenticidade das informações de produção.
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