Marcas brasileiras de moda investem no mercado de NFTs
O mercado digital cresce rapidamente, com destaque para os NFTs, ativos digitais únicos em ascensão. Marcas como Nike, Adidas e Havaianas já investem nesse universo. O que os tokens não fungíveis podem significar para o futuro dos negócios e da arte?
O mercado digital está em plena ascensão, com um crescimento lucrativo que tem atraído cada vez mais empresas a investir em novos produtos e serviços nesse universo. Entre as maiores apostas estão os NFTs, sigla em inglês para "Non Fungible Tokens" ou, em português, "Tokens não fungíveis". Para quem ainda não está familiarizado, os NFTs são códigos numéricos com registro de transferência digital, representando ativos digitais únicos, como obras de arte ou imagens, que não podem ser replicados.
Esses tokens funcionam como itens exclusivos, semelhantes a uma obra de arte de um pintor renomado, e podem se valorizar ao longo do tempo, sendo revendidos por valores ainda mais altos. Para se ter uma ideia do potencial, os criptoativos geraram mais de US$ 40 bilhões em 2021, segundo a consultoria Chainalysis, especializada em blockchain.
Grandes marcas globais como Nike e Adidas já se aventuraram nesse mercado, e algumas marcas brasileiras também começaram a investir e lançar seus próprios NFTs. A Havaianas, por exemplo, criou cinco artes digitais inspiradas nas icônicas sandálias da marca, desenvolvidas pelo designer Adhemas Batista com o tema "Felicidade". Duas dessas obras já foram vendidas, enquanto as outras três ainda estão disponíveis no site do artista.
A Pampili lançou um tênis digital em NFT, que foi leiloado por R$ 7 mil para um comprador em Xangai. Inspirado nesse NFT, a marca também planeja lançar uma versão física do modelo. Já a Pantys criou 33 tokens que remetem ao universo feminino e ao ciclo menstrual, com o objetivo de aproveitar a popularização do universo virtual para desmistificar tabus relacionados a essas questões íntimas das mulheres.
Com marcas inovadoras aderindo aos NFTs, esse mercado promete continuar crescendo, combinando exclusividade digital com o potencial de valorização e novas oportunidades de negócios.
Fonte: Valor Econômico