Gigantes de luxo na moda buscam soluções tecnológicas contra falsificações

No mundo do luxo, as falsificações desafiam a exclusividade e afetam as finanças das marcas. Com o mercado de imitações alcançando US$1,9 bilhões, a batalha é intensa. Mas a moda não fica atrás: blockchain e IA estão aqui para garantir autenticidade.

Gigantes de luxo na moda buscam soluções tecnológicas contra falsificações
Credito imagem: unsplash

A moda de luxo, esse universo onde a exclusividade, durabilidade e qualidade se tornam sinônimos de status e elegância, enfrenta um desafio que ameaça a confiança dos consumidores e, claro, o bolso das marcas: as falsificações. O mercado global de imitações e réplicas de luxo atinge a impressionante marca de 1,9 bilhões de dólares, e os criadores clandestinos não poupam esforços, usando técnicas avançadas como corte a laser e impressão 3D para confundir até mesmo os olhares mais treinados.

Diante desse cenário desafiador, as marcas de moda de luxo não ficam paradas. Elas enfrentam as superfalsificações, aquelas cópias de alta qualidade, investindo em estratégias para manter a autenticidade. Produzir uma variedade maior de estilos a cada estação e criar métodos de autenticação mais complexos é só o começo. Agora, o luxuoso mercado conta com aliados inesperados: a blockchain e a inteligência artificial (IA).

Numa verdadeira aliança do high-tech com a haute couture, marcas como LVMH, Prada, OTB e Richemont se uniram no Consórcio Aura Blockchain. Essa iniciativa suíça, de caráter sem fins lucrativos, visa integrar soluções personalizadas para o setor de luxo, focando na rastreabilidade da cadeia de suprimentos e autenticidade dos produtos. É como um passaporte digital de grife.

Dentre as inovações, a Prada não ficou para trás e incorporou tecnologia criptografada em seus acessórios. Agora, você pode usar seu smartphone para garantir a autenticidade, graças à tecnologia NFC. Bulgari, do grupo LVMH, foi além e lançou bolsas Serpenti com NFTs integrados, proporcionando uma experiência única aos clientes enquanto assegura a originalidade das peças.

Num contexto mais nacional, a Etiqueta Única, especialista em revender produtos de luxo de segunda mão, cogita uma nova abordagem: tornar-se uma certificadora oficial para produtos antigos. Numa terra onde a blockchain ainda engatinha, essa empresa visa usar tecnologias de IA para tornar o processo mais eficiente, aproveitando máquinas para analisar dados e determinar a autenticidade de produtos.

Enquanto a tecnologia avança, uma cultura "dupe" (repleta de imitações descaradas) cresce nas redes sociais, desafiando a visão tradicional da compra de réplicas como um tabu. Hashtags guiam consumidores por caminhos de avaliações e dicas sobre as melhores imitações. Diante disso, as marcas de luxo enfrentam o desafio de combater não só a pirataria, mas também a ascensão dessa cultura que torna a falsificação algo cool.

Desafios persistem, é verdade. Modelos de IA atuais podem não ser suficientemente confiáveis, especialmente para produtos recém-lançados. A implementação de identificações digitais pode ser uma ferramenta valiosa, mas requer colaboração entre marcas, plataformas de e-commerce e casas de leilão para evitar conflitos que prejudiquem sua eficácia.

No entanto, o futuro da moda de luxo parece abraçar as tendências tecnológicas para fortalecer a confiança do consumidor. A aliança entre tecnologia e luxo não só combate a pirataria, mas redefine a experiência do cliente, garantindo que a evolução do setor continue, mantendo seu status de referência em qualidade e exclusividade.

Fonte: Consumidor moderno com br - Moda de Luxo Tecnologia contra falsificações